
Segurança com segurança
DIRIGENTE de sindicato das empresas que representa o setor de vigilância privada quer mercado mais consciente ao contratar serviços, a fim de evitar clandestinidade. Maior integração, capacitação, interatividade e visibilidade. Com estas metas, o Sindicato das Empresas de Segurança e Vigilância do Estado de Minas Gerais (Sindesp-MG) busca fazer jus à sua credibilidade conquistada em 35 anos de história. Seu diretor-presidente, Renato Fortuna Campos, afirma que a entidade tem um conjunto ambicioso de objetivos, para impulsionar ainda mais o setor de segurança privada no Estado, sempre com a colaboração e dedicação dos associados.
Nesta entrevista ao CIDADE CONECTA, o dirigente aborda ainda sobre os riscos de contratar segurança clandestina e sobre a importância da aprovação do Estatuto da Segurança Privada, a fim de punir com rigor quem exerce este importante serviço de forma ilegal.
Como o Sindesp-MG pretende alcançar essas metas?
Nossas metas serão alcançadas por meio da criação de um calendário permanente de discussões intersindicais e da formação de uma Comissão Intersindical dedicada a supervisão dos processos de contratação nos setores público e privado.
Como a entidade pretende expandir os programas de qualificação profissional para o segmento da segurança privada?
Introduzindo novas ferramentas de ensino à distância e estabelecendo parcerias estratégicas com instituições educacionais. Acreditamos que é necessário capacitar e qualificar cada vez mais os profissionais das empresas de segurança privada de Minas Gerais.
O sindicato também está comprometido nesta nova etapa de gestão em promover mais interatividade e visibilidade das empresas associadas para todo o mercado. Na prática, como isso será desenvolvido?
Em um comparativo, as empresas de segurança clandestina têm preços muito abaixo do mercado. Por isso é extremamente importante mostrar quais são os riscos que o contratante corre nesses casos. Por isso, o Sindesp MG vai intensificar suas campanhas de conscientização sobre a importância de se contratar uma segurança privada regularizada pela Polícia Federal.
Como as empresas que contratam esse serviço devem proceder?
Antes da contratação, os clientes devem pesquisar a idoneidade das empresas. É preciso verificar se possui toda a documentação em dia, averiguando a saúde financeira, estrutura e referência no mercado, entre outros fatores. Alguns dos documentos que podem ser exigidos pelos contratantes são os alvarás de autorização de funcionamento, expedidos pela Polícia Federal; as certidões negativas de órgãos como o INSS, FGTS, além de comprovantes de quitação dos impostos municipais, estaduais e federais; e o comprovante do recolhimento da contribuição sindical. Para facilitar e ajudar as empresas a localizarem as prestadoras de serviço regularizadas, o Sindesp-MG oferece o Certificado de Regularidade em Segurança (CRS): um documento concedido às empresas que estão em conformidade com todas as exigências legais.
A aprovação do Estatuto da Segurança Privada é a ferramenta necessária para ajudar a regularizar o setor?
O projeto de lei que busca a aprovação do Estatuto da Segurança Privada no Brasil, em tramitação há mais de uma década no Congresso Nacional, é uma questão de extrema importância, tanto para as instituições de segurança quanto para a sociedade em geral. A luta pela aprovação deste Estatuto tem sido liderada por entidades como a Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist) e o Sindesp-MG , que reconhecem a importância de estabelecer um marco regulatório para o setor, sendo crucial para combater a clandestinidade.
De que forma o sindicato pretende se adaptar às evoluções do mercado?
O Sindesp-MG em sua nova gestão, por meio do Projeto Sindesp Mais, tem como metas impulsionar ainda mais o segmento de segurança privada no estado de Minas Gerais através de uma série de iniciativas destinadas ao empresário, as empresas associadas, a entidades parceiras e aos órgãos fiscalizadores. O plano de ação da entidade visa fortalecer o segmento e garantir uma representação sólida das empresas associadas em todas as frentes, tarefa que já é realizada desde a fundação do sindicato, mas que agora se adapta às novas exigências do mercado.
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